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quarta-feira - 14 de maio de 2003
Utilidade Pública
Se dirigir não enfarte, se enfartar não dirija!
Postada às 00:05 - Horário Padrão de Brasília
Mais sobre: Divertimento
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terça-feira - 13 de maio de 2003
Rio Antigo
É tão real ver o lado londrino do Rio, dos casarios antigos do começo do século XX. Sobrados que hojem tem outros usos, restaurantes, boates, lanchonetes, bancos. Tudo funcionando em prédios com quase um século. A realidade nos trás de volta ao Brasil quando nos deparamos com os carros estacionados nas calçadas esburacadas, os camêlos na entrada do metrô que exala cheiro forte de ácido úrico... fora mendigos, pixações e sujeira...
Ainda assim, os prédios estão lá, o tempo que passou ainda pode ser visto, hoje. E mesmo a degradação do tempo, deixou viva a beleza de décadas atrás. Algo que não ocorreu com Copacabana, cuja aura do seu auge nos anos 40/50 é algo irrecuperável, o bairro tornou-se uma favela vertical, com os resquícios de antigamente soterrados pela feiúra dos prédios mais recentes e pelo adensamento sufocante. Com o Catete, Glória e a Lapa a arquitetura carioca sobreviveu ao milagre econômico, mas se esvai aos poucos vítima dos maus tratos que a pobreza do país impõe.
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Aqui um pequeno corte do excelente artigo:
IMAGENS DE UM RIO QUE NÃO SE PERDE de Isabel Lustosa.
Postada às 23:05 - Horário Padrão de Brasília
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terça-feira - 13 de maio de 2003
Para se apaixonar pela cidade
Imagens de um Rio que não se perde (*)
Isabel Lustosa
(...)
(...) Catete e Glória, já não são os mesmos do tempo dos presidentes e do tempo ainda mais longínquo do Imperador. Perderam muitas das suas características particulares. Mas ainda se avista seguindo pela Rua da Gloria em direção à Bento Lisboa e antes de se passar defronte do prédio da histórica delegacia, o casario da rua Barão de Guaratiba com suas paredes amarelas e portas vermelhas, casas emparelhadas, de interior sombrio e aluguel barato, felizmente esquecidas pela especulação imobiliária. E no Catete ainda se encontram vilas, como as de antigamente. Sumiram as pensões familiares das primeiras décadas deste século. Tantas, que se multiplicavam no entorno do palácio e seguiam na direção da Glória. Casas de cômodo de um certo nível em que se abrigavam famílias vindas do interior ou grupos de estudantes boêmios. Mas ficaram ainda alguns dos pequenos hotéis... E tem ali ainda aquele comércio tão característico do velho centro do Rio, comércio de balcões e prateleiras escuras, papel grosso para embrulhar a mercadoria, barbante descendo do teto e um indefectível dono português a escrevinhar a contabilidade da empresa.
(...)
(...) A transferência da Presidência para Brasília, levando com ela as famílias dos que trabalhavam ou de alguma forma estavam ligados ao staff presidencial arruinou muita gente que vivia das beiradas do poder. Por essa curiosa ironia, que faz com que a arquitetura cubana, por exemplo, tenha o maior conjunto de prédios coloniais preservados em toda a América, o abandono e o esquecimento foram os responsáveis pela conservação do que ainda existe do Catete e da Glória. Poupados pela ausência da grana "que ergue e destroi coisas belas" estão ainda lá quase intactos os prédios da Beneficiência Portuguesa; do Templo Positivista; do High Life, do Palácio de São Joaquim; o antigo Asilo de São Cornélio, onde hoje funciona uma faculdade de medicina e o Colégio Amaro Cavalcante, no Largo do Machado, produto do desprendimento de D. Pedro II, que em vez de estátua preferiu que se erguesse em sua homenagem uma escola. Coisas pelas quais a gente passa quase sem notar.
- Publicado em "Glória e Catete". Col. Bairros do Rio, Rio de Janeiro: Casa da Palavra; São Paulo: Editora Fraiha, 1999.
Postada às 22:05 - Horário Padrão de Brasília
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Grande Rádio
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Sonífero
Detestável cansaço diário, desnecessário que nos empurra à cama. As cores, por mais forte que seja a luz ambiente não parecem corretas. Não há ajuste possível que torne as imagens nos olhos mais nítidas. Impossível regular uma máquina tão frágil que vicia-se num ciclo de 16 horas de trabalho e ...
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