Ouvir histórias de outros tempos, de outras eras. Anos 60, século XIX, qualquer momento passado parece melhor do que o presente. Até mesmo a década perdida é mais memóravel do que o tão aguardado ano 2000.

Não surgem empregos, Deus já morreu faz tempo e nada tomou seu lugar. Consolar-se é impossível então o melhor é admirar a poesis de um Vinícius de Moraes. Mas sem transformar em pergunta o que o poeta afirma. O tempo é quando e ponto.

Poética

Nasço amanhã Ando onde há espaço: – Meu tempo é quando. = Tirado do excelente site oficial.

Um dia sem ler os jornais, um dia sem escrever no diário. Um dia de pensamentos normais. Sem vésperas de feriado.

Um dia de pequenos pecados. Terminado, com direito a um mergulho no fim do mundo de um sono pesado.

Onde horas passam num tempo sem futuro ou passado.

Uma noite o dia acaba. E quando se abre os olhos, tudo surgiu do nada.

Já é meia noite e só saberei depois do sono, o que o amanhã me reserva.

Antes que a meia noite chegue... ainda é domingo.

Não que os odeie, na verdade até gosto da satisfação monótona de mais uma semana cumprida e saber que outra virá a seguir. Aproveitar o tempo livre que só os domingos tem, sabendo que logo mais tudo recomeça. Exceto nas férias, onde tudo continua.

Odeio Domingo

(...)

E a auto-satisfação A medíocre aspiração Implacável, num respingo, Atinge todo o domingo.

Fernando Martins = Achado no Observatório do D!G

O Ngolo ia milonga A força das palavras

        Etu tumesena kuijia o ngolo ia milonga
        Nós precisamos conhecer a força das palavras
        Ni milonga tutena kubeka o uembu
        Com palavras podemos trazer a paz
        O milongo ku muxima uabindama
        O remédio ao coração necessitado
        O ukamba ,o kuzola, o ulongelu
        A amizade, o amor, o ensinamento
        Se o atu akanena kusengula
        Se as pessoas premeditam prejudicar
        Atena kubanga ni milonga
        Podem fazer com palavras
        O rikanu ribiluka o uta
        A boca vira a arma
        U kukuamesa
        Que faz ferir
        Rilanga kujiba
        Busca a ocasião para matar

O Dia da Criação

(...) Precisamos encarar o problema das colocações morais e estéticas Ser sociais, cultivar hábitos, rir sem vontade e até praticar amor sem vontade Tudo isso porque o Senhor cismou em não descansar no Sexto Dia e sim no Sétimo E para não ficar com as vastas mãos abanando Resolveu fazer o homem à sua imagem e semelhança Possivelmente, isto é, muito provavelmente Porque era sábado.

Vinícius De Moraes = Breve site oficial de Vinícius de Moraes. -Outros autores.