Os donos do lugar são franceses, que foram comprados pelos suíços e comercializam para todo Brasil a "água da bica" PureLife e as águas São Lourenço. Mas a fora a grandiosiada econômica do grupo multinacional, a cidade sobrevive do parque e dos velhos e crianças que visitam as fontes medicinais.

Águas fedorentas, extremamente gasosas, nada que uma criança normal considera "bebível" e tudo que um aposentado pacato das capitais considera um "elixir da juventude". E ao redor desses turistas existe um grande comércio de bens e serviços dentro e fora do parque. Ripongas convictos vendem mel, produtos naturais e reproduções de duendes (e congêneres). Pode-se passear de pedalinho pelo lago e ainda atracar na ilha dos pavões, jogar bocha, tomar banhos terapêuticos nas termas (no bom sentido), duchas. Seria quase uma Disneylândia aquática onde o momento de maior emoção é a fungada no "desentupidor nasal" que solta um terrível cheiro de enxofre. Mas para os que não se satisfazem com o enorme arsenal de "atrações" do parque, do lado de fora milhares de barraqueiros vendem inutilidades domésticas de crochê, roupas de frio e tudo o mais que possa ser chamado artesanto e para relaxar, charreteiros oferecem tentadores passeios pela cidade que não tem nada para ver além do parque e do "calçadão".

Curioso saber que mesmo entre os jovens, São Lourenço traz lembranças... =

• JL e Paulo José ou tem nostalgia ou um certo encanto.

A cidade foi e talvez sempre será um refúgio de cariocas e paulistas. Fins de semana com o parque cheio, a cidade movimentada e durante as semanas o marasmo e uma certa tranquilidade de cidade do interior.

São Lourenço é um dos menores municípios do estado de Minas Gerais em extensão territorial. Pode-se ir literalmente a pé pela estrada em pouco tempo a Soledade de Minas ou a Carmo de Minas, as duas vizinhas mais próximas. Certamente é uma boa caminhada, mas de bicicleta pela estrada não deve demorar muito.

Lá porta fala-se póórrrta, e não existe porteira ou sequer uma região rural, é só o centro da cidade com seus tenebrosos paralelepípedos e alguns outros bairros.

Os ônibus são muitas vezes velharias "importadas" do Rio de Janeiro que não tem mais idade para trafegar na Cidade Maravilhosa. E não só os veículos vem dos grandes centros, muitos dos habitantes levam sua família para a região das águas para uma bucólica infância para suas crianças.