sexta-feira - 23 de janeiro de 2004
Vale cada fotograma
Ou pelo menos, vale sair de casa e assistir.
Lost in Translation, Encontros e Desencontros.
Um mundo estranho onde não se acha o sono e nenhum dos milhares de estímulos visuais ao redor tem qualquer significado, são apenas borrões ininteligíveis.
Postada às 14:01 - Horário de Verão de Brasília
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terça-feira - 06 de janeiro de 2004
Desconstruindo
A trilogia dos senhor dos anéis chega ao fim no cinema... hora de rememorar e desconstruir um pouco a fábula que foi para a tela...
Videos explicando muito dos efeitos.
E um mistério permanece grosseiro, onde foram parar os cavalhos na batalha final em Mordor?
Postada às 15:01 - Horário de Verão de Brasília
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quinta-feira - 09 de outubro de 2003
Dez horas sem levantar
Sim, será possível assistir à Trilogia do Senhor dos Anéis de uma sentada só. Os ingressos começaram a ser vendidos hoje para os cinemas americanos que iram passar a Odisséia.
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via Slashdot.
Postada às 13:10 - Horário Padrão de Brasília
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quarta-feira - 08 de outubro de 2003
Ditadura do EPK
O Eletronic Press Kit (EPK) é o equivalente audiovisual de um press release. E ambos, são orientados exclusivamente pelas vontades não do jornalista, ou do leitor, mas de quem quer ver as informações sobre seu produto/filme divulgada.
Ana Maria Bahiana aponta com clareza como os interesses comerciais dos realizadores controlam as reportagens. No lugar "do que deveria ser uma reflexão inteligente sobre uma das mais poderosas formas de arte de massa que temos, encontramos "perfis de celebridade" cuidadosamente medidos e negociados, e reportagens tão vazias de real conteúdo que poderiam ter sido montadas por um chimpanzé operando um programa de computador.
Basta ver uma reportagem na tv sobre um novo filme lançado. Somente a voz oficial é ouvida e não se houvem críticas, até o pior pipoca americano é tratado como a última maravilha. E no outro extremo, temos as maiores porcarias pseudo-intelectuais de alguns cineastas tratadas como o supra-sumo da arte cinematográfica.
Postada às 12:10 - Horário Padrão de Brasília
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segunda-feira - 06 de outubro de 2003
Vivendo das Sobras
Já foi um curta, e quando chegou a ser longa atingiu apenas os 70 minutos, quase um média-metragem. Mas o filme "À Margem da Imagem" de Evaldo Mocarzel é marcante.
Apenas apresentando moradores de rua de São Paulo e sua realidade, vai traçando um perfil de pequenas realidades. Aos poucos se entende quem são aquelas pessoas, sem nunca saber ao certo seus nomes. Sabe-se apenas pequenos episódios de suas vidas, ou o que pensam sobre determinado assunto.
E através de uma colagem que solidificou mais de 70 horas de vídeo digital em 70 minutos de película criou-se uma narrativa. Desesperadora, que não aponta soluções, apenas é uma história. Fabricada sim. Não só baseada em fatos reais, mas na visão das pessoas que vivem a realidade da miséria extrema na metrópole próspera.
Um dos personagens define o porque da sua "opção" justificando que sustenta melhor sua família na sua cidade natal sendo mendigo em São Paulo, do que como trabalhador "de fato" no interior, morando junto aos seus.
E assim é com milhões de outros e talvez até certo ponto com o Brasil inteiro. Vivemos com as sobras da exuberância econômica de uma única metrópole, no máximo duas. A riqueza está no Eixo Rio-São Paulo, em algums capitais, e no interior de São Paulo (parte dele). E é só.
Existe um outro país impossível de ser conhecido por quem tem casa, comida, roupa e acesso a internet.
Postada às 23:10 - Horário Padrão de Brasília
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segunda-feira - 29 de setembro de 2003
Por que ir aos festivais de cinema
"Rubem Fonseca já escreveu que quem não gosta de filmes ruins na verdade não gosta de cinema."
E há o cliche, "o que seria das mulheres bonitas, se não houvessem as feias."
Sendo assim,
"Se você topa assistir a um documentário curdo em uma sessão e um filme de kung fu na sessão seguinte, é porque você gosta de cinema. Agora, se você tem restrições a filmes franceses dos anos 60 ou nem chega perto das produções hollywoodianas atuais, seu barato é outro. E aí os festivais de cinema não foram feitos para você."
Por Ricardo Calil - No Mínimo
Postada às 00:09 - Horário Padrão de Brasília
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segunda-feira - 29 de setembro de 2003
Tortura Nunca Mais
O que é cinema autoral? Feito por um autor, de mão firme na direção, que traduz com imagens a sua obra poética cinematográfica. Ao menos é isso que os "autores" mais pretensiosos buscam.
No entanto, ainda é importante respeitar a técnica de começo meio e fim. Mesmo que seja para descontruí-la e fazer um filme confuso que gere dúvidas e um certo tormento no espectador, mas para isso não basta uma simples colagem. "Montar" um filme, não é simplesmente jogar um montador na sua ilha de edição, trancá-lo por uns dias e aguardar um filme.
Tem de haver uma história a ser contada, um desenho claro de como emocionar, de como não emocionar.
"Filme de Amor" de Júlio Bressane é filme para intelectual francês, gente que cultua personalidades, louvando poesias pretensiosas como uma forma superior de cinema. O significado do filme é falar não ao autor e sua realização somente, mas também ao público. Talvez Bressane seja para "mentes superiores", ou para a realização pessoal de um diretor. Quem sabe até, sirva para se avolumar numa estante, que condense toda a obra que tem grandeza por ser coerente e por ser sólida nos seus caminhos.
Mas mesmo que tudo que diretores "autorais" tenham feito, não há razão que se justifique torturar espectadores ao redor do mundo com a própria imaginação realizada. Fazer uma obra de arte é sentir o pulsar da vida, do seu tempo, mesmo estando fora dele, e emocionar o público, de agora, ou do futuro.
Aposentadoria já para o Cinema Novo e chá de simancol para pseudo-intelectuais que confundem pretensão com obra de arte.
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Resenha de "<a href="www.lemonde.fr" title=""Filme de amor" : trois corps presque nus et entremêlés à la recherche de l'image" target="_blank">Filme de amor" no Le Monde.fr: Une réflexion poétique de Julio Bressane sur le sexe et sa représentation.
Postada às 00:09 - Horário Padrão de Brasília
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