Não é difícil achar pérolas no salon. Nessa, Farhad Manjoo associa a falta de qualidade do Windows de Bill Gates, à ignorância dos usuários. Que nem se quer fazem questão de algo melhor. Mais ou menos como o motorista que no fundo quer um carro que nem ao menos tenha que calibrar o pneu. =

• Dumb software for dumb people

• Memorando interno da Microsoft supostamente escrito por Bill Gates onde ele mesmo admite que seus produtos não são tão confiáveis como deveriam.

Numa sala de aula...

• Professora: E onde você trabalha?

• Aluno Y: Tal lugar...

• Aluna X: Com fulano??

• Aluno Y: .... hmm.... é....

• Aluna X: Fulano trabalha lá, né?

• Aluno Y: .... é ...

O que o aluno Y sabe é da fama de fulano de destruidor de corações. Tendo como história mais escabrosa, ter impossibilitado para o trabalho/ficar sentada, uma telefonista da empresa.

É sempre ruim saber demais da intimidade de desconhecidos. Afinal fulano pode ser apenas um nome e sua fama para alguns.

Novelas brasileiras fabricam uma realidade. Que naturalmente se torna parte da realidade do país, também por moldar o telespectador. No entanto, como é falso o mundo televisivo global. Não há pobreza. Os humildes moram em casas novas, com pintura e móveis perfeitos. E os momentos dramáticos são mais longos e chatos do que qualquer diretor francês consegue fazer. E no caso de "Mulheres Apaixonadas", há apenas a "não-mensagem". Um clichê seguido do outro em situações mal falseadas.

Mas é bom pensar uma outra forma de fazer televisão. Criando talvez uma Hiper-Realidade. É isso que pretende Steven Soderbergh. Que associado a George Clooney criou um seriado com a pretensão de influir diretamente nos círculos políticos de Washington.

Hyperreality TV: Political Fact Meets HBO FictionHyperreality TV: Political Fact Meets HBO Fiction

Detestável o texto "A produção de sentido no Jornal Nacional" de Marcelo Salles. Naturalmente que as posições e imposições da estrutura global são passíveis de eternas e válidas discordâncias. No entanto, ligar funcionários públicos ao MST e chamar a ambos de "movimentos que possam ameaçar o status quo" é no mínimo pobreza de análise. O texto representa toda uma esquerda raivosa que se prende a teorias ou estruturas que não se ligam ao mundo e sim as vontades de intelectuais.

Ao invés de defender o status quo num país de estruturas frágeis, a verdadeira esquerda deveria lutar pelo progresso social do país. E definitivamente uma luta de classes em defesa de privilégios, sejam quais forem, não deveria ser um caminho a ser considerado.

Como são abusivos os lucros dos bancos, é também absurdo o prejuízo do Estado financiado por esses bancos. A grande revolução social desindividar o governo, obrigando os banqueiros a lucrar com o dinheiro de investimentos.

Governistas sempre serão "a favor de tudo que está ai". Assim é a Rede Globo, e assim é José Sarney, viciados no poder estatal. Mas a democracia envolve lidar também com abutres, não só com o "proletariado" e os "mais fracos".

"Uma salsicha é como a justiça, é melhor não saber como funciona!".

ou,

"Lei é igual a salsicha: se acompanharmos como é feita, ninguém come…"!

É apenas um projeto, nem se sabe se as vontades o farão dar certo, mas o amigo Pablo tá lá com um futuro weblog de imagens.

Passarem um ano e quatro dias desde a viagem insana para Sampa e a descoberta do Antville. Casa nova para pensamentos sempre novos. Pena que falte tempo, rotina e disciplina para constantes e interessantes escritos. Afinal, ler é bom, mas de que adianta ler muito e ler tudo, se tudo que já foi escrito, está sempre fadado a ser esquecido.

Temos a tendência a só lembrarmos de nós mesmos, de coisas pelas quais passamos. E as palavras, só são verdadeiramente inesqueciveis, quando próprias ou como clássicas. E muito melhor é a verborragia espontânea do que uma cultura letrada que só ecoa clássicos e pensamentos externos. Por mais que seja impossível saber tudo e, mais ainda, saber nada, é sempre bom um pouco de ignorância para se fazer sentir original.