Impressionante como para fazer um curta realizadores ainda contam com nada para concluir chegando a coisa nenhuma.

Cachaça Cinema Clube Quarta (23/7) às 20h30 Com a exibição dos curtas: UMA FOLHA QUE CAI, de Ivo Lopes Araújo. 16 min. 2003 O RESTO É SILÊNCIO, de Paulo Halm. 22 min. 2003 DIÁRIO DO SERTÃO, de Laura Erber. 14 min. 2003 (Estréia) UMA ESTRELA PRA IOIÔ, de Bruno Safadi. 15 min. 2003 (Estréia)

Aplausos de pé pra "O Resto é Silêncio". Uma história simples, num filme onde o som tem um papel fundamental. Principalmente pela sua ausência. Um jovem surdo mudo e seus colegas. Todos os diálogos são feitos em linguagem de sinais, algo simples, e que compõe maravilhosamente bem esse curta que tem roteiro.

Já "Uma Estrela pra Ioiô", mesmo sendo uma pequena produção independente, tem tratamento e qualidade de uma super produção. Imagens bonitas, história fechada, atores trabalhando bem. Resumidamente, trata-se de um filme mudo com ambientação numa cidade atemporal, só que numa linguagem atualizada. É simples, leve e bem feito.

Quanto a "Uma Folha que Cai", não caiu a ficha e a idéia pareceu presa na cabeça do criador, assim como "Diário do Sertão". O segundo apesar de menos fechado ao redor do que pensa o criador, pelo menos trouxe referências literárias, tentando de certa forma criar uma "poesia visual".

Os curtas do Cachaça Cine Clube fazem pensar no que espera os que hoje sonham em ser cineastas. Ao que parece uns almejam ser Júlio Bressane, no que ele tem de pior. Já outros, planejam contar histórias, se divertir e divertir aos outros. Sucesso aos últimos! =

Haverá reprise dos filmes que passaram na quarta na hora da almoço durante o resto desse mês. Um elogio ao Grupo Estação.